Em 2019 entrou em vigor no Brasil a norma CPC 06 R2 (IFRS 16) que atualiza a maneira de as empresas contabilizarem informações contidas em contratos de arrendamentos e locações, o chamado leasing.
A grande novidade para as empresas é que, desde então, elas estão obrigadas a identificar no balanço patrimonial todos os ativos que utilizam por meio de um contrato de arrendamento, assim como os passivos, juros, depreciação, despesas financeiras e operacionais decorrentes do uso.
O IFRS 16 permite, assim, que se tenha uma visão global dos negócios da empresa, pois, segundo a norma anterior, havia duas modalidades para os contratos de arrendamento mercantil, financeiro e operacional, sendo que apenas o arrendamento financeiro deveria ser identificado como patrimônio.
Menos transparente, a antiga norma permitiu que 85% dos compromissos de arrendamento ficassem de fora do balanço de companhias listadas em bolsas de valores ao redor do mundo. O valor oculto era de US$ 2,9 trilhões, em 2014, de acordo com um levantamento realizado pelo IASB.
Nesse sentido, a nova regulação traz uma série de vantagens ao promover transparência e a fidelidade dos valores em demonstrações contábeis, além de um maior nível de comparabilidade.
Universalizar a divulgação de informações contábeis e promover transparência são medidas que ampliam a possibilidade de as empresas captarem recursos; e facilitam a análise comparativa entre empresas e períodos, o que traz racionalidade à alocação de recursos e otimiza os investimentos.
Toda melhoria, no entanto, requer esforço para compreender e se adequar à nova realidade.
Com o novo CPC 06 não é diferente; empresas agora precisam fazer uma leitura bem mais criteriosa dos seus contratos para identificar se eles contêm algum direito de uso que caracteriza o arrendamento, além de mensurar o valor desse direito e das obrigações decorrentes dele.
Neste ebook são abordados alguns detalhes das mudanças trazidas pelo CPC 06, os impactos fiscais sobre as empresas, assim como um roteiro para adequar seu negócio ao novo padrão, além das vantagens de ter a tecnologia adequada nesse processo de transição.
Boa leitura!