Por que o fluxo de caixa livre está se tornando uma alternativa para a saúde financeira corporativa?
O fluxo de caixa livre sempre foi uma métrica comercial importante, mas, de acordo com uma pesquisa recente, conduzida pelo Georgia Institute of Technology, está se tornando a medida prioritária da saúde e do sucesso financeiro das empresas.
O fluxo de caixa livre é o saldo disponível depois de realizados todos os pagamentos obrigatórios da empresa. Ele também é utilizado para medir a capacidade de geração de caixa da companhia.
O Fluxo de Caixa Livre pode ser calculado de várias maneiras. De forma geral, é:
O sucesso financeiro das empresas depende não apenas da capacidade da empresa de gerar receitas e lucros, mas também de fluxo de caixa. Mas, é especialmente o fluxo de caixa livre que permite que o desembolso para despesas e custos discricionários (que podem ser eliminados ou reduzidos sem oferecer riscos ao negócio) seja comutado para aquisições, amortização de dívidas e dividendos, o que resulta em ganhos crescentes para elevar o valor da empresa.
“Gastar” não afeta diretamente a capacidade da empresa de “gerar mais”. Uma empresa com receita crescente pode, eventualmente, acabar perdendo investidores se nunca encontrar uma maneira de gerar lucros. De forma semelhante, uma empresa com lucros incapazes de gerar caixa também perderá o entusiasmo dos investidores. De qualquer forma, uma empresa deve demonstrar capacidade de gerar fluxo de caixa livre.
Os CFOs estão elevando suas atenções à importância do fluxo de caixa livre. Nos últimos 15 anos, sua referência dobrou nos relatórios corporativos anuais e o reconhecimento do fluxo de caixa livre como medida-chave do desempenho financeiro tende a permanecer.
O fluxo de caixa livre não é definido pelas normas contábeis. A maioria das empresas o define como caixa fornecido por atividades operacionais, conforme definido pelo GAAP, menos dividendos em gastos preferenciais e menos gastos de capital.
Dado que é discricionário, o fluxo de caixa livre pode ser usado para qualquer finalidade corporativa, e muitas empresas o utilizam para aumentar os dividendos. A grande questão do autor da pesquisa, Charles W. Mulford, é se parte desse dinheiro livre pode ser usado para aumentar gastos de capital, o que ajudaria a impulsionar a economia e o emprego.
As margens operacionais desempenham um papel significativo dentre as opções que um CFO tem para aumentar o fluxo de caixa livre, a fim de minimizar as necessidades de capital de giro, especialmente recebíveis e estoque, enquanto maximizam as contas a pagar. Os CFOs devem encontrar o nível certo de gastos de capital – suficientes para manter o crescimento, mas não excessivamente, de modo a tornar-se um desperdício.