Tomar decisões corretas de gerenciamento de tesouraria significa ter conhecimento de como uma empresa opera e dos principais riscos que ela enfrenta. Implantar tecnologia para padronizar e automatizar a atividade de tesouraria é um ponto importante sobre controle e visibilidade, para permitir que CFOs gerenciem o caixa e os riscos com mais eficiência, garantindo maior tempo para agir estrategicamente e criar valor para o negócio como um todo.
Para realizar esses benefícios, os CFOs devem identificar os principais riscos que a empresa enfrenta. Isso requer um entendimento claro do mercado, a natureza do ciclo de negócios e os fluxos de caixa resultantes. A tecnologia deve ser configurada para captar os dados que podem ser utilizados para alcançar essa visibilidade. A questão é, portanto, que informação um CFO precisa para tomar uma boa decisão?
O que a empresa faz, onde ela opera e quão competitiva é a indústria em que opera? Compreender integralmente a atividade do negócio é vital, pois terá um ciclo de negócios único que será refletido em seus fluxos de caixa. Por exemplo, o risco cambial de uma multinacional em relação a uma empresa local é muito maior. A natureza da concorrência da empresa também influenciará sua abordagem ao gerenciamento de riscos: uma companhia aérea global, operando em vários mercados altamente competitivos, provavelmente precisará de uma política de hedge muito mais ativa do que uma corporação global de mineração, cujo produto é muito menos sensível à concorrência.
A maioria das empresas não opera nos extremos, mesmo que seus negócios sejam principalmente focados no mercado interno (ganhando a maior parte de suas receitas em seus mercados locais), eles podem estar se expandindo internacionalmente, de tal forma que o lado internacional de seus negócios se sobressaia. Para esses tipos de empresas, identificar e monitorar os principais riscos não é simples.
Sem esta contextualização, os CFOs podem estar monitorando as exposições erradas e, se assim for, serão forçados a continuar nas mesmas diretrizes quando os riscos principais se estabelecerem. Tão importante quanto isso, a falta de foco limitará a capacidade do CFO de agir estrategicamente para agregar valor ao negócio.
Dado que vários riscos decorrem dessas diferenças de contexto, o CFO precisa identificar os principais riscos que precisam ser gerenciados em seus negócios.
Qualquer que seja a situação da empresa, a questão crucial é a mesma: quais são as exposições específicas que precisam ser gerenciadas?
Além disso, é preciso considerar onde as principais decisões são tomadas dentro da organização. Todas as decisões são tomadas de forma centralizada ou algumas decisões são tomadas no nível da unidade de negócios? Em muitas organizações, a localização da autoridade decisória varia de acordo com a atividade. As decisões de gerenciamento de risco do grupo podem ser centralizadas, mas as decisões de investimentos de curto prazo podem ser tomadas no nível operacional da empresa, ainda que dentro de diretrizes definidas centralmente. Fornecer as informações apropriadas aos diferentes tomadores de decisão exigirá que dados diferentes sejam fornecidos e armazenados.
Para cada risco crítico, o CFO deve identificar os indicadores-chave para gerenciá-lo. Isso incluirá uma avaliação do grau de precisão dos dados necessários.
Para uma empresa sujeita às cláusulas restritivas dos credores, por exemplo, será necessário monitorar as posições de caixa e as métricas associadas para permitir que ações sejam tomadas em tempo hábil para evitar o risco de violação. Da mesma forma, para uma empresa global que opera em várias jurisdições, o monitoramento das principais exposições cambiais com os maiores saldos em risco deve ser a prioridade.
Neste sentido, o contexto da empresa é importante novamente. Conseguir uma posição completamente precisa e oportuna pode ser muito difícil e consumir recursos.
Tendo identificado os indicadores necessários para gerenciar esses riscos críticos, exposições e posições, o estágio final é preencher o painel na qual eles são monitorados. Isso exigirá a captura de dados brutos das fontes identificadas e, em seguida, configurar esses dados para que possam ser analisados em uma base padronizada.
Não há duas empresas iguais, mas todas as empresas têm pontos de risco em seus negócios. Sem uma solução tecnológica que possa padronizar processos e automatizar sempre que possível, será muito difícil obter visibilidade para gerenciar a tesouraria com eficiência, e os CFOs dispenderão tempo desnecessário contestando informações dispersas. Com a visibilidade, há mais tempo para agir estrategicamente, tanto no departamento de tesouraria quanto no negócio como um todo. Ao identificar os riscos e as informações necessárias para monitorá-los e gerenciá-los, os tesoureiros podem trabalhar para garantir que os dados apropriados sejam capturados, normalizados e interrogados para fornecer a visibilidade necessária para tomar boas decisões, permitindo que eles se concentrem mais em agregar valor para o negócio.