Veja a retrospectiva dos eventos financeiros de 2021 para antecipar as tendências de 2022 e seus impactos na Tesouraria
A exemplo de 2020, 2021 proporcionou consideráveis desafios para as empresas em nível global, ainda que as perspectivas de melhora tenham se fortalecido com a reabertura de fronteiras e relaxamento de restrições ligadas à pandemia. No aspecto positivo, estas mesmas restrições aceleraram o já adiantado processo de transformação digital presente em todos os mercados, trazendo ferramentas de colaboração remota, comunicação e automação para a rotina dos negócios.
Nos setores bancário e financeiro isso se mostrou particularmente verdadeiro, na medida em que as pessoas aderiram rapidamente a soluções digitais, fazendo com que as fintechs e bancos digitais ganhassem um protagonismo inédito. Do lado de dentro das organizações, as equipes tiveram que buscar ferramentas e capital humano para fazer frente às novas demandas e às medidas de contenção, garantindo, assim, a continuidade de suas operações e a manutenção de seus clientes.
Mas o que, exatamente, representa este novo cenário? O que deve estar no foco das organizações do setor para continuar seu processo de crescimento? Um estudo da EY levantou 8 pontos-chave que ajudam a responder estas e outras questões e, com isso, apoiar as empresas do mercado financeiro a evoluir de forma segura e bem planejada.
Os 8 principais direcionadores das transformações que impactaram a tesouraria em 2021
Confira nossa análise e nossos apontamentos com base nesta pesquisa e como a tesouraria pode ser impactada diante dessa transformação.
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Menos barreiras para novos players
Uma boa notícia que deve aquecer o mercado para o futuro próximo é a redução de entraves burocráticos para a entrada de novas organizações no setor, efetivamente aumentando o potencial para a concorrência. Ao longo dos últimos 10 anos o Bacen vem implantando medidas positivas, que vão desde a quebra de exclusividade das principais bandeiras, até a permissão de abertura de contas 100% digitais (que abriu caminho para os bancos digitais) e a recente liberação do Pix e do Open Banking. Outra importante resolução é a possibilidade de concessão de crédito por fintechs, o que aumentou ainda mais a competitividade no setor, estimulando a oferta de produtos e serviços com taxas menores, menos burocracia e mais agilidade.
A expectativa é de que o setor siga seu ritmo de digitalização e desburocratização, facilitando a entrada de novas empresas com produtos digitais e ofertas mais agressivas de produtos bancários, pressionando os players tradicionais a atualizarem seus portfólios e, assim, melhorar o mercado para os consumidores.
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Altas expectativas dos consumidores
Uma consequência quase universal da digitalização e do aumento da concorrência é o aumento da expectativa dos clientes em relação aos produtos e serviços que recebem.
Encaramos a expansão dos serviços e a gama de opções que temos a cada ano (de produtos e de empresas ofertando) e também a ampliação do acesso da população aos serviços tecnológicos. Isto é, são mais pessoas com expectativas sobre as entregas, e não apenas 'expectativas aumentando'.
Enquanto no passado o cliente podia apenas contar com 3 ou 4 grandes bancos, hoje uma enorme parte da população consegue um cartão de crédito e uma conta de banco direto no celular, sem burocracia e, principalmente, sem custos de manutenção. Isso tudo trouxe uma nova métrica em relação à qualidade e os custos dos serviços oferecidos no setor, além de ter expandido o mercado consumidor de forma significativa.
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IA, Machine Learning e outras ferramentas
Este novo modelo de negócios mudou a percepção de qualidade do público e redefiniu como deve ser a oferta de serviços, e isso deve continuar sendo sentido no futuro próximo. Aplicativos melhores, mais intuitivos e completos, menos burocracia, menos taxas, tudo isso deve continuar sendo buscado pelas empresas novas e tradicionais no ramo. Já internamente, as equipes estarão mais pressionadas para oferecer soluções criativas e inovadoras para o público, buscando a diferenciação no mercado. O uso de automação, nuvem e inteligência artificial veio para ficar, e a tomada de decisão com base em dados coletados e processados em tempo real vai ser crucial para manter a agilidade do negócio.
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Open Banking abrindo novas oportunidades
O Open Banking agita os grandes bancos, enquanto acelera as fintechs e os digitais. Contudo, uma abordagem inteligente deste recurso traz grandes benefícios e oportunidades para todos, na medida em que pode facilitar parcerias e atuações conjuntas entre bancos, fintechs e outras empresas.
Para extrair o máximo desta oportunidade, as empresas estão se adequando com um plano sólido de gestão e guarda de dados, com ferramentas robustas para garantir sua integridade e clareza para o cliente em relação à forma como são compartilhados.
- Uma nova era de responsabilidades
A entrada em vigor da LGPD em agosto de 2021 levou as empresas a atingirem um novo grau de compromisso sobre a forma como guardam e processam dados, no intuito de proteger os consumidores e ampliar as responsabilidades das instituições financeiras. No contexto do Open Banking, por exemplo, esta nova realidade é altamente favorável, na medida em que leva as instituições financeiras um olhar mais criterioso sobre o compartilhamento dos dados. As empresas que lidam com dados sensíveis de clientes e colaboradores, cada vez mais estão na incumbência de protegê-los, e a LGPD é um elemento importante para garantir a confiabilidade desta prática.
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Dinamismo nas transações financeiras
A rápida aceitação do Pix é um sinal claro de como o brasileiro está rapidamente absorvendo novas tecnologias que tragam agilidade para o dia a dia, especialmente com baixo custo. Da mesma forma, operações intraday e em tempo real estão em alta e isso deve ser uma tendência irreversível, o que mudou a percepção do público em relação ao que é um tempo razoável para a compensação de um pagamento ou realização de uma transferência de fundos. Para a tesouraria e os departamentos financeiros, é importante manter o foco nas ferramentas que permitam automação, agilidade e eficiência, com total controle do processo, para manter a operação mais eficaz possível.
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Interoperabilidade entre plataformas
A tendência de hiperconvergência causada pela rápida digitalização da sociedade aumentou a necessidade de compatibilidade e padronização entre plataformas e sistemas, e não apenas nos métodos de pagamento. O open banking e plataformas integradas aos sistema de gestão (ERPs) sem inputs manuais garantem maior agilidade e eficiência nos controles, e esta tendência deve continuar acentuada, o que sugere que a busca por maior integração e interoperabilidade entre plataformas deva continuar.
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Pagamentos invisíveis
Como consequência do maior dinamismo e do imediatismo do mundo digital, a tendência atual é de tornar os pagamentos mais diretos e integrados, sem a necessidade de inserção de dados ou, mais ainda, navegação para outros ambientes. O uso de tokens, QR Codes, dispositivos móveis, IoT e outros aparelhos vem crescendo para atender a esta demanda, efetivamente trazendo tanta fluidez e naturalidade para o pagamento que ele tende a se tornar invisível no processo. Para o futuro, quanto mais imediato, rápido e fluido for o pagamento, melhor a experiência do usuário e, portanto, sua possibilidade de fidelização.
O momento deixa poucas dúvidas: o futuro é em tempo real, digital e convergente
As empresas precisam estar preparadas para um novo tipo de dinamismo, com pagamentos, recebimentos e controle instantâneo, claro e inteligente, garantindo uma tesouraria estratégica e inteligente. Assim, o investimento em soluções de ponta, que tragam embarcadas automação, inteligência e segurança são cruciais para a manutenção da competitividade do negócio.
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Nossa equipe de especialistas mantém sua equipe atualizada com as boas práticas da Tesouraria, tendências e normas, enquanto as soluções WFN atendem às demandas mais exigentes de grandes empresas.
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